Entidades
entregam Manifesto pela Reforma Tributária ampla ao presidente do Senado
Representantes
de entidades da indústria, dos secretários de Fazenda dos Estados, do Fisco,
organizações da sociedade civil e movimentos sociais entregaram nesta
quarta-feira (11) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o
Manifesto em Defesa de uma Reforma Tributária Ampla e Justa. No documento, as
entidades defendem uma reforma completa dos tributos sobre o consumo de bens e
serviços.
O
Manifesto cita as distorções que tornam o modelo tributário brasileiro
ineficiente e destaca a urgência da reforma completa, incluindo os tributos
federais (PIS, Cofins e IPI), estadual (ICMS) e municipal (ISS). “É um debate
maduro e com um nível de consenso histórico, que reafirma não apenas a urgência
da reforma tributária, mas a importância de uma reforma ampla dos tributos
sobre o consumo. Uma reforma que torne o país mais justo e favoreça os
investimentos e o crescimento econômico”, diz o documento.
O
senador Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da PEC 110/2019 da Reforma Tributária,
também participou da audiência, além do senador Acir Gurgacz (PDT-RO).
Estiveram presentes representantes de todas as entidades signatárias. O
secretário-adjunto de Minas Gerais, Luiz Cláudio Gomes, representou o Comsefaz
(Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal).
O
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse ao grupo que a PEC 110/2019 será
analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e tem prioridade na
Casa. “Nós temos esse compromisso de uma avaliação e da evolução da PEC 110 no
Senado Federal. Sabemos das dificuldades que há em relação a esse tema, cuja
complexidade é muito grande, mas vamos insistir nesse caminho, que é
reivindicado pelo setor produtivo, pelos prefeitos, pelos estados da Federação,
de modo que temos esse compromisso de trabalho em torno desse tema”, afirmou.
Ele
adiantou que a apreciação da matéria pela CCJ, ficará a critério do presidente
da comissão, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e que o relator, Roberto Rocha,
deverá requerer em plenário que seja feito mais um ciclo de debates sobre a
proposta.
ENTIDADES
UNIDAS PELA REFORMA AMPLA – Além do Comsefaz, assinam o manifesto a
Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Sindifisco Nacional, a Federação
Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), a
Federação Nacional dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais (Fenafim), o
Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), o Destrava Brasil, o movimento Pra Ser Justo
e o Centro de Liderança Pública (CLP).
As
instituições afirmam que só será possível reduzir a ineficiência e a
complexidade do sistema atual com uma reforma que envolva todos os tributos
sobre o consumo. “Defendemos uma reforma tributária ampla, que trate da
tributação do consumo na sua totalidade”, segue o documento. Para as entidades
signatárias, a reforma deve ser realizada sob as seguintes premissas:
–
simplificação legal e operacional;
–
base de incidência ampla de bens e serviços;
–
homogeneidade das regras;
–
não cumulatividade plena;
–
incidência sobre o preço líquido de tributos;
–
crédito financeiro e ressarcimento ágil de créditos acumulados;
–
adoção do princípio de destino;
–
redução da regressividade;
–
fim da guerra fiscal;
–
preservação do Simples Nacional;
–
manutenção da carga tributária global;
–
e o fortalecimento institucional da Administração Tributária, estimulando uma
relação respeitosa e construtiva entre o fisco e os contribuintes e garantindo
um ambiente concorrencial saudável e o efetivo combate à sonegação e à
corrupção.
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