Sancionada lei com mudanças em regras do ICMS sobre combustíveis
O
presidente Jair Bolsonaro sancionou sem vetos a Lei Complementar 192/22, que prevê a
incidência por uma única vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) sobre
combustíveis, inclusive importados, com base em alíquota fixa por volume
comercializado.
A nova lei
foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira (11).
Além das mudanças no ICMS, principal tributo estadual, o texto também altera os
federais PIS/Pasep e Cofins, prevendo
a isenção sobre combustíveis em 2022.
A norma é
oriunda de substitutivo do Senado
ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/20, do deputado Emanuel
Pinheiro Neto (PTB-MT), aprovado pela Câmara na semana passada. As
novas normas alcançam gasolina, álcool combustível, diesel, biodiesel e gás
liquefeito de petróleo, inclusive o derivado do gás natural. O querosene de
aviação ficou de fora.
“É uma
resposta ao clamor da população sobre esse tema”, declarou o relator na Câmara,
deputado Dr. Jaziel (PL-CE), referindo-se aos recentes
aumentos dos combustíveis no País. “Não é a solução definitiva, mas é um
amortecimento”, afirmou o 1º vice-presidente da Casa, deputado Marcelo
Ramos (PSD-AM).
Metodologia
Em vez de um percentual sobre o preço, as alíquotas incidirão sobre a unidade
de medida (litros, por exemplo) e serão definidas por meio de decisão unânime
do Conselho de Secretários Estaduais de Fazenda (Confaz), de modo
que não haja ampliação do peso proporcional do tributo no valor final ao
consumidor.
Atualmente,
o ICMS varia nos estados e no Distrito Federal. Na média das regiões
metropolitanas, a alíquota é de 14% no diesel e 29% para a gasolina.
Exclusivamente
para o diesel, enquanto não ocorrer a mudança proposta, a base de cálculo da
alíquota atual será a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor
final nos 60 meses anteriores à sua fixação. Essa regra transitória valerá até
31 de dezembro de 2022 em cada estado e no Distrito Federal.
A média
móvel sofre atualização constante porque é calculada a cada momento,
descartando dados mais antigos e acrescentando os mais recentes.
Reportagem
– Ralph Machado
Edição – Natalia Doederlein
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